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Editoriais ``Jornal do Sameiro``

Desde 1926

A estória vai correndo em várias versões, mas uma das possíveis reza assim:

Jesus teve compaixão de um médico que, depois de tantas e tantas consultas, se encontrava exausto. Atravessou a sala onde se acumulavam os doentes em (desesperada) espera, entrou no gabinete e disse ao colega: pode ir embora, que agora tomo conta.

Os pacientes, vendo isto, logo pensaram: chegou a hora de mudança de turno.

Deu tudo o que tinha…

O Natal é, para muitos, uma festa querida. Não digo para todos, pois nessa quadra as feridas da vida doem mais, as ausências tornam-se mais clamorosas, os desgostos avivam as cores… Mas digo, para muitos

Espreita-nos um novo ano jubilar, a jorrar bênçãos para 2025. O Papa Francisco vai inaugurá-lo no dia 24 de dezembro próximo, abrindo a porta da Basílica de S. Pedro, no Vaticano.

Quando nasceram, os anos jubilares aconteciam de 50 em 50 anos.  Com essa cadência os celebravam os hebreus. Para quê?! – Para libertar os escravos, para deixar a terra descansar e para alimentar especialmente o espírito.

Rezar é entrar em comunhão com Deus e deixar que Ele entre em comunhão connosco. Rezar é colocar o coração em Deus, a vida em Deus, o mundo em Deus e permitir que Ele invada o nosso interior, a nossa casa, o nosso trabalho, o nosso mundo e o mundo inteiro.

A oração é o mais simples de todos os ritos.

Desentendermo-nos, é muito fácil. Primeiro porque, perfeitos, não somos. Depois, os defeitos, toleráveis a início, com o passar dos dias, meses, anos vão-se tornando insuportáveis. Some-se a tudo isso o facto que cada um tem os seus gostos, o seu temperamento, a sua forma de encarar a vida e de ver a realidade…

Custo total e global: nada!

Pasmo-me frequentemente com a entrega, com os desvelos, com a generosidade das mães. Tento entender onde encontram tanta energia, tanta paciência, tanta resiliência, tanta persistência.

Falamos muitas vezes da adolescência a partir das suas manifestações, não raro inquietantes para os educadores, para os adultos, para os pais, apenas os carecas a escaparem aos cabelos em pé. Agora é o bater de portas, ou as calças rasgadas nas cuadas, ou os monólogos, ou os piercing’s e tatuagens, depois a vontade de afirmação, e a rejeição de qualquer autoridade (excetuada feita à submissão cega aos amigos…).

Por eles, pela forma elegante e empenhada como querem desempenhar a sua função, pelo brilho e galhardia com que interpretam o contributo à comunidade, entendem apresentar-se de fato e gravata, com esmero, com dignidade, ainda que sem luxos. Certinhos, passo a passo, todos a um ritmo marcado pelo bater das varas no chão, lá transportam o andor de Nossa Senhora, desde a Catedral até ao cimo do Monte do Sameiro. Simplesmente porque gostam da Mãe. Porque entendem que servir é honra. Porque resolvem aliar, à devoção, a “toalha à cintura”.

Ora, também quem é da família de Deus e dessa família gosta, certamente se esforça por comparecer ao encontro com os irmãos, tem gosto em marcar presença, não na casa de um deles (exígua para tanta gente), mas na casa do Pai comum, que se chama Igreja. O dia especial é esse, o Domingo que, por ser especial, até se chama assim: dia do Senhor, do nosso Deus, do nosso Pai do Céu.

DESCULPAS DOMINICAIS

Vamos ouvindo por aí que as igrejas estão a ficar vazias, que a prática dominical diminuiu, que o covid desabituou muita gente de ir à Igreja, que há cada vezes menos cristãos praticantes, que para muitos o domingo já não faz sentido…

O anúncio chegou pelo Arcanjo Gabriel. Maria, Virgem de Nazaré, por Deus preservada de toda a mácula, foi escolhida para mãe do Salvador. Toda a expectativa do Povo de Israel se concretiza. Um tempo nove irrompe. Entramos na Nova Aliança. O Redentor assume a carne humana.

O Joãozinho não escrevia. O lápis repousava-lhe por entre os dedos. Estava tolhido. Pensava consigo: se escrevo o que me vai na alma, os meus colegas vão rir-se de mim. Que hei-de fazer?!

A gente vai embora…

“Cair na real”, como sói dizer-se, faz-nos bem. Não para nos deixarmos deprimir. Mas para que saibamos viver, conviver e construir.

Consertar o mundo

“Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los.

Passava dias no seu laboratório em busca de respostas para as suas dúvidas…

Esteve entre nós e proferiu uma série de conferências sobre o genérico título: “Pensar o futuro da Igreja ou construir a Igreja do futuro”. Particularmente interessantes foram as considerações sobre “O tempo das igrejas vazias… de adultos”.  

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