Herodes a mais, Belém a menos!…
Não leia apressado – rogo-lhe, estimado leitor – o texto que irei citar. Foi escolhido a pensar no tempo que vivemos, de guerra, muita guerra, entre a Rússia e a Ucrânia, entre Israel e o Hamas, entre Israel e o Irão, com o Líbano …
Estamos numa época em que ligar o televisor virou inferno. As notícias trazem horrores: vidas desfeitas, sonhos rasgados, cidades em cinzas, crateras por todo o lado, sirenes e medos, mutilações e destroços, incêndios e derrocadas, famílias desencontradas, mortos, muitos mortos, deportados, miséria, fome, noite, trevas, muito breu, esconderijos e bunkers, depressão e tristeza, muita, muita tristeza!
Olhando o mundo, tenho meditado, repetidas vezes, a mensagem publicada por D. António Couto para o Natal de 2023. Escrita em jeito poético, é uma autêntica oração, cheia de fé, afeto e bons desejos. E lembrei-me que a poderíamos rezar juntos. Aceita?!
– Eis o belíssimo texto, eis a oração que podemos fazer nossa:
“À nossa volta parece tudo escuro:
Espingardas, mentiras, raivas, ódios,
Herodes a mais, Belém a menos,
Belém outra vez sem paz e sem meninos,
Sem alegria, só com sangue e choro,
Sem coro e decoro de Natal.
É como se o tempo corresse para trás,
E para trás corresse também a água das fontes,
O sopé dos montes,
A linha que define os horizontes.
Onde estamos, afinal? Onde chegamos?
Quem somos? Para onde vamos?
Somos nós a humanidade por Deus criada?
Que é feito da nossa liberdade e responsabilidade?
Não partilhou connosco Deus
O seu poder omnipotente,
A sua ciência omnisciente,
A sua presença omnipresente,
A sua vida vivente?
Para que servem os túneis, os paióis,
Os mísseis, os muros, as trincheiras?
Por que investimos tão pouco em presépios,
Em presentes,
Em abraços, em flores, em sementes?
Vem Senhor Jesus,
O mundo precisa tanto da tua Luz”.
Alarguemos o pedido à Mãe do Céu, à Senhora do Sameiro. Ela trouxe-nos o Príncipe da Paz. Ela é a Rainha da Paz. Ela é a Mãe da concórdia, do perdão, da bondade. É a Senhora da Visitação e do bem fazer. É a Senhora das Dores e da Cruz, apostada em colaborar na redenção da humanidade.
Mãe do Céu cuida de nós. Livra-nos deste flagelo da guerra. Contagia os homens com a tua serenidade, bondade e amor. Concede-nos um mundo em paz!
Cón. José Paulo Leite de Abreu
Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro
Herodes a mais, Belém a menos!…
Não leia apressado – rogo-lhe, estimado leitor – o texto que irei citar. Foi escolhido a pensar no tempo que vivemos, de guerra, muita guerra, entre a Rússia e a Ucrânia, entre Israel e o Hamas, entre Israel e o Irão, com o Líbano …
Estamos numa época em que ligar o televisor virou inferno. As notícias trazem horrores: vidas desfeitas, sonhos rasgados, cidades em cinzas, crateras por todo o lado, sirenes e medos, mutilações e destroços, incêndios e derrocadas, famílias desencontradas, mortos, muitos mortos, deportados, miséria, fome, noite, trevas, muito breu, esconderijos e bunkers, depressão e tristeza, muita, muita tristeza!
Olhando o mundo, tenho meditado, repetidas vezes, a mensagem publicada por D. António Couto para o Natal de 2023. Escrita em jeito poético, é uma autêntica oração, cheia de fé, afeto e bons desejos. E lembrei-me que a poderíamos rezar juntos. Aceita?!
– Eis o belíssimo texto, eis a oração que podemos fazer nossa:
“À nossa volta parece tudo escuro:
Espingardas, mentiras, raivas, ódios,
Herodes a mais, Belém a menos,
Belém outra vez sem paz e sem meninos,
Sem alegria, só com sangue e choro,
Sem coro e decoro de Natal.
É como se o tempo corresse para trás,
E para trás corresse também a água das fontes,
O sopé dos montes,
A linha que define os horizontes.
Onde estamos, afinal? Onde chegamos?
Quem somos? Para onde vamos?
Somos nós a humanidade por Deus criada?
Que é feito da nossa liberdade e responsabilidade?
Não partilhou connosco Deus
O seu poder omnipotente,
A sua ciência omnisciente,
A sua presença omnipresente,
A sua vida vivente?
Para que servem os túneis, os paióis,
Os mísseis, os muros, as trincheiras?
Por que investimos tão pouco em presépios,
Em presentes,
Em abraços, em flores, em sementes?
Vem Senhor Jesus,
O mundo precisa tanto da tua Luz”.
Alarguemos o pedido à Mãe do Céu, à Senhora do Sameiro. Ela trouxe-nos o Príncipe da Paz. Ela é a Rainha da Paz. Ela é a Mãe da concórdia, do perdão, da bondade. É a Senhora da Visitação e do bem fazer. É a Senhora das Dores e da Cruz, apostada em colaborar na redenção da humanidade.
Mãe do Céu cuida de nós. Livra-nos deste flagelo da guerra. Contagia os homens com a tua serenidade, bondade e amor. Concede-nos um mundo em paz!
Cón. José Paulo Leite de Abreu
Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro