Muitos criticam… e poucos rezam por eles!

Muitos criticam… e poucos rezam por eles!

No dizer do Papa Francisco, “os sacerdotes são como aviões: só fazem notícia quando caem, mas há tantos que voam. Muitos criticam e poucos rezam por eles”.

Recordo esta frase neste dia 20 de julho de 2022, dia em que acompanhei à sepultura uma querida amiga.  Discreta e simples, mas próxima de tantos sacerdotes. Ouviam-se-lhe sempre palavras de incentivo. Revelava uma fé incrível, em Deus, em Nossa Senhora.

Não se poupava nas deslocações a Fátima. Era presença assídua no Sameiro, nas eucaristias dominicais, nas procissões, nas iniciativas em favor do Santuário.  Na sua terra natal, colocava-se nos braços da Senhora das Candeias.

Nunca a ouvi a criticar um padre, a Igreja, os que vão à missa… Não! Sempre a desfiar as contas do terço, lá rezava por todos. Conta-se entre as pessoas que felizmente percebem que dizer mal da Igreja é dizer mal de todos os batizados; e se quem é desbocado recebeu um dia o batismo e se diz cristão, então zurzir a torto e a direito contra tudo e contra todos, contra os padres e os bispos, as freiras e os leigos, contra a Igreja, é dar tiros nos pés.

Claro que todos temos defeitos: clero, bispos, leigos… Mas é tão bom percebermos que, apesar das nossas limitações, os outros conseguem ser afáveis, compreensivos, solidários na oração, apóstolos com a bondade e a caridade…

Que saudades ficam, cara Manuela. Considero-me herdeiro de uma preciosidade: esse testemunho de afabilidade, de bem querer, de generosidade, de fé, de coragem, de perene incentivo, de abraço à cruz, de estoicidade silenciosa.

Depois de tantas marcas bonitas ao longo do tempo, nestes dias que são os últimos apareceram duas novas pegadas da sua liberalidade: ouvindo falar num lenço recordando os 40 anos da vinda do Papa São João Paulo II ao Sameiro, encarregou-se de enriquecer essa exposição de lenços com o seu contributo; e para que o 15 de maio de 2023 tivesse ainda maior brio, ofereceu uma toalha (lindíssima!) para o altar da Basílica de Nossa Senhora do Sameiro.

Não. Não são os bens materiais, em si, que me entusiasmam. Mas que saudades já estou a sentir de tanta fé, de tanta bondade, de um coração tão bonito.

E como sentirei a falta de alguém que, sem estardalhaço, soube ser carinho, incentivo, compreensão, poço de bons sentimentos, olhar positivo sobre tudo e sobre todos, vontade indómita de fazer bem.

Temos Mãe – exclamava o Papa Francisco. E não apenas para o arco desta vida terrena. A Mãe do presente é também a Mãe do Céu na vida futura. Ela é Rainha dos Homens e dos Anjos.

Então agora, cara Manuela, toca a estender a toalha. Chegou a hora de um novo banquete. Com Jesus. Com Maria, a Senhora de Fátima, a Senhora do Sameiro, a Senhora das Candeias. E com todos os santos. Que com todos te possas sentar à mesa, qual recompensa merecida por coração tão encantador.

Espalha sobre a mesa os teus bons sentimentos. E lembra a Jesus e a Maria os que cá ficaram.

Junto de Jesus e Maria, reza pelos padres, pela igreja, por todos os crentes. Já que são “aviões” sujeitos à queda, sejam também recipientes da graça e da força que a oração e a intercessão dos bons conseguem conquistam.

Sê feliz, Manuela, por toda a eternidade. Obrigado por tudo. Reza sempre por nós!

 

 

Cón. José Paulo Leite de Abreu

Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro

Muitos criticam… e poucos rezam por eles!

No dizer do Papa Francisco, “os sacerdotes são como aviões: só fazem notícia quando caem, mas há tantos que voam. Muitos criticam e poucos rezam por eles”.

Recordo esta frase neste dia 20 de julho de 2022, dia em que acompanhei à sepultura uma querida amiga.  Discreta e simples, mas próxima de tantos sacerdotes. Ouviam-se-lhe sempre palavras de incentivo. Revelava uma fé incrível, em Deus, em Nossa Senhora.

Não se poupava nas deslocações a Fátima. Era presença assídua no Sameiro, nas eucaristias dominicais, nas procissões, nas iniciativas em favor do Santuário.  Na sua terra natal, colocava-se nos braços da Senhora das Candeias.

Nunca a ouvi a criticar um padre, a Igreja, os que vão à missa… Não! Sempre a desfiar as contas do terço, lá rezava por todos. Conta-se entre as pessoas que felizmente percebem que dizer mal da Igreja é dizer mal de todos os batizados; e se quem é desbocado recebeu um dia o batismo e se diz cristão, então zurzir a torto e a direito contra tudo e contra todos, contra os padres e os bispos, as freiras e os leigos, contra a Igreja, é dar tiros nos pés.

Claro que todos temos defeitos: clero, bispos, leigos… Mas é tão bom percebermos que, apesar das nossas limitações, os outros conseguem ser afáveis, compreensivos, solidários na oração, apóstolos com a bondade e a caridade…

Que saudades ficam, cara Manuela. Considero-me herdeiro de uma preciosidade: esse testemunho de afabilidade, de bem querer, de generosidade, de fé, de coragem, de perene incentivo, de abraço à cruz, de estoicidade silenciosa.

Depois de tantas marcas bonitas ao longo do tempo, nestes dias que são os últimos apareceram duas novas pegadas da sua liberalidade: ouvindo falar num lenço recordando os 40 anos da vinda do Papa São João Paulo II ao Sameiro, encarregou-se de enriquecer essa exposição de lenços com o seu contributo; e para que o 15 de maio de 2023 tivesse ainda maior brio, ofereceu uma toalha (lindíssima!) para o altar da Basílica de Nossa Senhora do Sameiro.

Não. Não são os bens materiais, em si, que me entusiasmam. Mas que saudades já estou a sentir de tanta fé, de tanta bondade, de um coração tão bonito.

E como sentirei a falta de alguém que, sem estardalhaço, soube ser carinho, incentivo, compreensão, poço de bons sentimentos, olhar positivo sobre tudo e sobre todos, vontade indómita de fazer bem.

Temos Mãe – exclamava o Papa Francisco. E não apenas para o arco desta vida terrena. A Mãe do presente é também a Mãe do Céu na vida futura. Ela é Rainha dos Homens e dos Anjos.

Então agora, cara Manuela, toca a estender a toalha. Chegou a hora de um novo banquete. Com Jesus. Com Maria, a Senhora de Fátima, a Senhora do Sameiro, a Senhora das Candeias. E com todos os santos. Que com todos te possas sentar à mesa, qual recompensa merecida por coração tão encantador.

Espalha sobre a mesa os teus bons sentimentos. E lembra a Jesus e a Maria os que cá ficaram.

Junto de Jesus e Maria, reza pelos padres, pela igreja, por todos os crentes. Já que são “aviões” sujeitos à queda, sejam também recipientes da graça e da força que a oração e a intercessão dos bons conseguem conquistam.

Sê feliz, Manuela, por toda a eternidade. Obrigado por tudo. Reza sempre por nós!

 

 

Cón. José Paulo Leite de Abreu

Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro

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