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Confraria traz Senhora do Sameiro à cidade e expõe no santuário peças mais valiosas

Confraria traz Senhora do Sameiro à cidade e expõe no santuário peças mais valiosas

A Confraria do Sameiro, não podendo realizar a peregrinação anual, vai trazer no dia 1 de maio a imagem da Virgem Peregrina à cidade e promover nos primeiros quatro domingos de maio uma exposição com as peças mais valiosas do Santuário. As iniciativas vão lembrar os 375 anos da coroação de Nossa Senhora pelo rei D. João IV.

A imagem da Virgem Peregrina vai passar pelas ruas de Braga no próximo dia 1 de maio, com saída do Santuário do Sameiro pelas 20h30.

Querendo que a devoção a Nossa Senhora permaneça, a Confraria do Sameiro anunciou ontem em conferência de imprensa que, transportada numa viatura dos Bombeiros Voluntários de Braga, com guarda de honra, a imagem da Virgem Peregrina vai passar pelas principais artérias da cidade, num percurso de cerca de duas horas. «Acordaremos a cidade e assinalaremos desse modo a importância do mês que estamos a iniciar, o mês de maio», disse o cónego José Paulo Abreu, convidando os bracarenses a mostrarem a sua devoção colocando colchas ou velas às janelas.

Percurso ao detalhe

  • Sai do Santuário do Sameiro às 20h30, a imagem vai passar pela Avenida 31 de Janeiro, rua Santa Margarida, seguindo para o Hospital de Braga, onde deverá parar junto às Urgências, por volta das 21h.
  • O percurso desce para a rua Quinta da Armada, saindo na rotunda Braga Parque.
  • Passa depois na rua S. José, na rua Timor, rotunda Cónego Melo, na igreja de São Vicente, na igreja do Carmo, na igreja do Pópulo, no Patronato da Sé, seguindo para os Bombeiros Voluntários de Braga, Museu D. Diogo de Sousa.
  • A imagem prossegue em direção à igreja de Maximino, igreja de Ferreiros, rotunda da Bosch, rotunda, Ponte Pedrinha, seguindo em direção para o Intermaché até à igreja de Lomar, onde dá a volta na rua do Assento.
  • A imagem vai pela rua do Couteiro, pela Capela Santa Justa, rua Conselheiro Lobato, Avenida da Liberdade, rotunda São João, Avenida da Liberdade, virando à direita para o Largo Senhor dos Aflitos, U.S.F do Carandá, Avenida 31 de Janeiro, Largo Senhora-a-Branca, igreja de São Vítor.
  • Aqui, o trajeto vira na Rua Martins Sarmento e no semáforo, segue para a Avenida João XXI, rua Bernardo Sequeira, rotunda da Makro, rotunda da Bracalândia, rua Luís António Correia.
  • Virando à esquerda, a imagem passa na rua Manuel Ferreira Gomes, seguindo em direcção ao Bom Jesus até ao Nicho de Nossa Senhora do Sameiro, igreja de Nogueiró, igreja de Lamaçães, Rotunda Avenida D. João II, Minho Center, Avenida, Alfredo Barros, regressando ao Santuário do Sameiro, à volta das 22h30.

Exposição na Capela-mor
O presidente da Confraria do Sameiro revelou ainda que nos dias 2, 9, 16 e 23 de maio, vão ser expostas na Capela-mor da basílica, das 14h00 às 19h00, três peças artístivas que fazem a glória do espólio do Santuário.

As pessoas vão poder ver de perto a coroa verdadeira de Nossa Senhora do Sameiro feita com os ex-votos doados pelos devotos, entre os quais a rainha D. Amélia; a custódia mais preciosa do Santuário, também feita a partir de ex-votos, e a Rosa de Ouro oferecida pelo S. Papa João Paulo II.

O cónego José Paulo Abreu fez questão de sublinhar que haverá segurança no local e voluntários para evitar a aglomeração de pessoas.

[Texto: Diário do Minho]

Imaculada Conceição: uma Rainha com 375 anos

A devoção vinha de longe. Reis, Bispos, Ordens Religiosas, Universidades, clero e simples fiéis partilhavam a piedosa crença na Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Até o Senado de Lisboa, a inícios do séc. XVII, resolve colocar em lápides, nas portas da cidade: A VIRGEM MARIA NOSSA SENHORA FOI CONCEBIDA SEM PECADO ORIGINAL.

Mais bonito ainda o que aconteceu em 1640, Portugal a readquirir a sua independência, após domínio castelhano. No dia 8 de dezembro, o Rei D. João IV manda celebrar em Lisboa, na capela real, a festa da Imaculada Conceição. Era a primeira solenidade religiosa a que assistia como rei de Portugal. Saiu daí o voto de escolher, para padroeira do reino, a Virgem Maria, sob o título de Imaculada Conceição.

A 16 de janeiro de 1646, o Monarca escreve ao Reitor da Universidade de Coimbra. Aponta-lhe o exemplo da de Salamanca que, desde 1618, impunha aos seus graduados o juramento da Conceição. Anexa o formulário desse mesmo juramento e encomenda-lhe, “movido de devação particular”, que dê as ordens necessárias para que “muy pontualmente” assim se proceda na Universidade de Coimbra.

A 20 de julho desse ano de 1646 a carta do Rei foi apresentada ao Claustro conimbricense. O juramento aconteceu oito dias depois. Garantia a Universidade, Reitor, Lentes, Doutores… defender a doutrina da Imaculada, também, lê-la, pregá-la, e ensiná-la publica e particularmente. Mais: “atenta a ordem de sua Magestade”, a Universidade fazia estatuto que valesse e tivesse força para sempre de “em nenhum tempo” poder ser admitido aos graus quem não fizesse o mesmo juramento.
O processo de Coimbra ainda não havia chegado ao fim e já se tinham reunido as Cortes dos Três Estados (entre 28 de dezembro 1645 e 16 de março de 1646): D. João IV levou-os a elegerem Nossa Senhora da Conceição como defensora e protetora de Portugal e seus domínios.

Efetivando tal decisão, “[…] a 25 de Março de 1646, domingo de Ramos, D. João IV prestara o seu próprio juramento, na Real capela do Paço da Ribeira, dedicando o Reino à Virgem Maria – como o fizera D. Afonso Henriques –, fazendo-se seu vassalo e tributário (o seu tributo seria, cada ano, de 50 cruzados de ouro à Senhora da Conceição de Vila Viçosa), obrigando-se a defender até derramar o sangue, que ela fora concebida em graça, desnaturalizando de seus reinos a todos os que sentissem em contrário”.

Desde a eleição da Padroeira, os monarcas portugueses da Dinastia de Bragança, os Reis de Portugal, nunca mais colocaram a coroa na cabeça. Em ocasiões solenes, ela era deposta sobre uma almofada, ao seu lado direito. Quem ostenta a coroa é Nossa Senhora da Conceição, que mora em Vila Viçosa. E que também mora no Sameiro!

Feitas as contas, Nossa Senhora foi coroada há 375 anos. E, por isso, resolveu a Confraria de Nossa Senhora do Sameiro expor a sua coroa, a que lhe foi doada pelas mulheres de Portugal, aos domingos, entre 2 e 23 de maio deste 2021, na Basílica, durante a parte da tarde e lançar a todos um convite: vamos visitar a nossa Mãe, a Senhora do Sameiro, a Imaculada Conceição, a nossa Rainha. Vamos olhar para a sua coroa, melhor, vamos olhar para a Mãe do Céu e dizer-lhe: a vós nos confiamos; és a nossa soberana; a ti entregamos a nossa vida, a nossa casa, o nosso país, o nosso mundo. Senhora do Sameiro, Imaculada Conceição, nossa Mãe e Rainha, a vós nos consagramos. Valei-nos, protegei-nos, guardai-nos. Confiamos em vós. Confiamo-nos à vossa intercessão. Entregamo-nos nos vossos braços. Acolhei-nos e abraçai-nos com a vossa ternura, com o vosso carinho, com o vosso amor.

Eis-nos aqui, Mãe e Rainha. Toma-nos nos teus braços. Cuida de nós!

[Texto: Cón. José Paulo Leite de Abreu, presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro]

Confraria traz Senhora do Sameiro à cidade e expõe no santuário peças mais valiosas

A Confraria do Sameiro, não podendo realizar a peregrinação anual, vai trazer no dia 1 de maio a imagem da Virgem Peregrina à cidade e promover nos primeiros quatro domingos de maio uma exposição com as peças mais valiosas do Santuário. As iniciativas vão lembrar os 375 anos da coroação de Nossa Senhora pelo rei D. João IV.

A imagem da Virgem Peregrina vai passar pelas ruas de Braga no próximo dia 1 de maio, com saída do Santuário do Sameiro pelas 20h30.

Querendo que a devoção a Nossa Senhora permaneça, a Confraria do Sameiro anunciou ontem em conferência de imprensa que, transportada numa viatura dos Bombeiros Voluntários de Braga, com guarda de honra, a imagem da Virgem Peregrina vai passar pelas principais artérias da cidade, num percurso de cerca de duas horas. «Acordaremos a cidade e assinalaremos desse modo a importância do mês que estamos a iniciar, o mês de maio», disse o cónego José Paulo Abreu, convidando os bracarenses a mostrarem a sua devoção colocando colchas ou velas às janelas.

Percurso ao detalhe

  • Sai do Santuário do Sameiro às 20h30, a imagem vai passar pela Avenida 31 de Janeiro, rua Santa Margarida, seguindo para o Hospital de Braga, onde deverá parar junto às Urgências, por volta das 21h.
  • O percurso desce para a rua Quinta da Armada, saindo na rotunda Braga Parque.
  • Passa depois na rua S. José, na rua Timor, rotunda Cónego Melo, na igreja de São Vicente, na igreja do Carmo, na igreja do Pópulo, no Patronato da Sé, seguindo para os Bombeiros Voluntários de Braga, Museu D. Diogo de Sousa.
  • A imagem prossegue em direção à igreja de Maximino, igreja de Ferreiros, rotunda da Bosch, rotunda, Ponte Pedrinha, seguindo em direção para o Intermaché até à igreja de Lomar, onde dá a volta na rua do Assento.
  • A imagem vai pela rua do Couteiro, pela Capela Santa Justa, rua Conselheiro Lobato, Avenida da Liberdade, rotunda São João, Avenida da Liberdade, virando à direita para o Largo Senhor dos Aflitos, U.S.F do Carandá, Avenida 31 de Janeiro, Largo Senhora-a-Branca, igreja de São Vítor.
  • Aqui, o trajeto vira na Rua Martins Sarmento e no semáforo, segue para a Avenida João XXI, rua Bernardo Sequeira, rotunda da Makro, rotunda da Bracalândia, rua Luís António Correia.
  • Virando à esquerda, a imagem passa na rua Manuel Ferreira Gomes, seguindo em direcção ao Bom Jesus até ao Nicho de Nossa Senhora do Sameiro, igreja de Nogueiró, igreja de Lamaçães, Rotunda Avenida D. João II, Minho Center, Avenida, Alfredo Barros, regressando ao Santuário do Sameiro, à volta das 22h30.

Exposição na Capela-mor
O presidente da Confraria do Sameiro revelou ainda que nos dias 2, 9, 16 e 23 de maio, vão ser expostas na Capela-mor da basílica, das 14h00 às 19h00, três peças artístivas que fazem a glória do espólio do Santuário.

As pessoas vão poder ver de perto a coroa verdadeira de Nossa Senhora do Sameiro feita com os ex-votos doados pelos devotos, entre os quais a rainha D. Amélia; a custódia mais preciosa do Santuário, também feita a partir de ex-votos, e a Rosa de Ouro oferecida pelo S. Papa João Paulo II.

O cónego José Paulo Abreu fez questão de sublinhar que haverá segurança no local e voluntários para evitar a aglomeração de pessoas.

[Texto: Diário do Minho]

Imaculada Conceição: uma Rainha com 375 anos

A devoção vinha de longe. Reis, Bispos, Ordens Religiosas, Universidades, clero e simples fiéis partilhavam a piedosa crença na Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Até o Senado de Lisboa, a inícios do séc. XVII, resolve colocar em lápides, nas portas da cidade: A VIRGEM MARIA NOSSA SENHORA FOI CONCEBIDA SEM PECADO ORIGINAL.

Mais bonito ainda o que aconteceu em 1640, Portugal a readquirir a sua independência, após domínio castelhano. No dia 8 de dezembro, o Rei D. João IV manda celebrar em Lisboa, na capela real, a festa da Imaculada Conceição. Era a primeira solenidade religiosa a que assistia como rei de Portugal. Saiu daí o voto de escolher, para padroeira do reino, a Virgem Maria, sob o título de Imaculada Conceição.

A 16 de janeiro de 1646, o Monarca escreve ao Reitor da Universidade de Coimbra. Aponta-lhe o exemplo da de Salamanca que, desde 1618, impunha aos seus graduados o juramento da Conceição. Anexa o formulário desse mesmo juramento e encomenda-lhe, “movido de devação particular”, que dê as ordens necessárias para que “muy pontualmente” assim se proceda na Universidade de Coimbra.

A 20 de julho desse ano de 1646 a carta do Rei foi apresentada ao Claustro conimbricense. O juramento aconteceu oito dias depois. Garantia a Universidade, Reitor, Lentes, Doutores… defender a doutrina da Imaculada, também, lê-la, pregá-la, e ensiná-la publica e particularmente. Mais: “atenta a ordem de sua Magestade”, a Universidade fazia estatuto que valesse e tivesse força para sempre de “em nenhum tempo” poder ser admitido aos graus quem não fizesse o mesmo juramento.
O processo de Coimbra ainda não havia chegado ao fim e já se tinham reunido as Cortes dos Três Estados (entre 28 de dezembro 1645 e 16 de março de 1646): D. João IV levou-os a elegerem Nossa Senhora da Conceição como defensora e protetora de Portugal e seus domínios.

Efetivando tal decisão, “[…] a 25 de Março de 1646, domingo de Ramos, D. João IV prestara o seu próprio juramento, na Real capela do Paço da Ribeira, dedicando o Reino à Virgem Maria – como o fizera D. Afonso Henriques –, fazendo-se seu vassalo e tributário (o seu tributo seria, cada ano, de 50 cruzados de ouro à Senhora da Conceição de Vila Viçosa), obrigando-se a defender até derramar o sangue, que ela fora concebida em graça, desnaturalizando de seus reinos a todos os que sentissem em contrário”.

Desde a eleição da Padroeira, os monarcas portugueses da Dinastia de Bragança, os Reis de Portugal, nunca mais colocaram a coroa na cabeça. Em ocasiões solenes, ela era deposta sobre uma almofada, ao seu lado direito. Quem ostenta a coroa é Nossa Senhora da Conceição, que mora em Vila Viçosa. E que também mora no Sameiro!

Feitas as contas, Nossa Senhora foi coroada há 375 anos. E, por isso, resolveu a Confraria de Nossa Senhora do Sameiro expor a sua coroa, a que lhe foi doada pelas mulheres de Portugal, aos domingos, entre 2 e 23 de maio deste 2021, na Basílica, durante a parte da tarde e lançar a todos um convite: vamos visitar a nossa Mãe, a Senhora do Sameiro, a Imaculada Conceição, a nossa Rainha. Vamos olhar para a sua coroa, melhor, vamos olhar para a Mãe do Céu e dizer-lhe: a vós nos confiamos; és a nossa soberana; a ti entregamos a nossa vida, a nossa casa, o nosso país, o nosso mundo. Senhora do Sameiro, Imaculada Conceição, nossa Mãe e Rainha, a vós nos consagramos. Valei-nos, protegei-nos, guardai-nos. Confiamos em vós. Confiamo-nos à vossa intercessão. Entregamo-nos nos vossos braços. Acolhei-nos e abraçai-nos com a vossa ternura, com o vosso carinho, com o vosso amor.

Eis-nos aqui, Mãe e Rainha. Toma-nos nos teus braços. Cuida de nós!

[Texto: Cón. José Paulo Leite de Abreu, presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro]

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