Hoje sabemos, com plena certeza, não terem sido as condições climatéricas (uma trovoada, ou um seu filho – um raio) a deitar por terra o primitivo monumento, a primeira escultura de Nossa Senhora do Sameiro, concebida nessa longínqua década de sessenta do séc. XIX, contemplando orgulhosa os visitantes, sobre um majestoso pedestal.
A imagem foi dinamitada. O executante do desastre escreveu, em papel de costaneira, ao mandante do estrago: “Senhor, está feito o serviço. // Subraram 3 velas e um rolo de rastilho que ficou no mesmo sitio”.
No chão, ficou intacta a cabeça; ainda um pedaço do tronco; e um pé. Tudo o mais eram pedaços.
Tudo foi enterrado, qual prevenção a perdas de bocados…
Alguma tentativa, no passado, terá existido no sentido da reconstrução dessa primitiva imagem. Mas resultara infrutífera.