Do Calvário ao Pentecostes: entre a dor e o júbilo!
Mãe da Páscoa, Senhora do Caminho, luz resplandecente sobre as trevas do mundo, quero hoje contemplar-te no seio deste mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Começo por ver-te no caminho para o Calvário. És contraste: substituis as vergastadas dos algozes pelo teu olhar de ternura; trocas a ironia, pelo teu bondoso rosto; em vez das invetivas da multidão, dás a teu filho o ósculo da solidariedade cúmplice; em lugar da coroa de espinhos, adoras o verdadeiro rei do mundo; em vez de cuspidelas, mostras o teu coração maternal; nos antípodas das condenações, colocas a gratidão ao salvador do mundo.
Vejo-te, depois, ao pé da cruz: a tua dor na dor de Jesus; a tua entrega na entrega de Jesus; a tua vida na d’Ele; a vida d’Ele em ti; a vossa vida em nós, oferecida para nossa redenção; a nossa vida em vós. E aí, nessa hora suprema do ofertório, Jesus nada reserva para si – “Eis a tua Mãe; eis o teu filho”. E da cruz nos vem a certeza de que “temos Mãe”.
No momento seguinte, acolhes Jesus em teu regaço. E assim se forma um tripé: o primeiro perno chama-se acompanhamento na dor, companhia no sofrimento, verdadeira compaixão; o segundo perno chama-se oblação, dádiva total, amor até ao fim; agora, o terceiro perno chama-se acolhimento, Jesus nos braços, na vida, envolto em afeto, em gratidão, em amor.
Mas a presença da Mãe, nesta quadra pascal, ainda não termina aqui. Temos de rumar, por fim, ao Cenáculo. Os discípulos estão desanimados, descrentes, deprimidos, tristes, sem saber que fazer da vida. Mas a Mãe está lá, e anima, e conforta, e transmite fé, e reencaminha para o Filho, para a vida, para a esperança, para o anúncio da boa notícia: Ele está vivo. Ressuscitou! Tudo venceu, até a morte. E, então, força, coragem, alegria.
Diante dos desenhos esboçados, pedimos a graça da imitação. Queremos, como Maria, marcar presença na estrada dos que sofrem, ser ombro amigo e palavra de incentivo, caridade operativa, mão estendida e reparação de ofensas. Queremos ser generosidade restauradora, vida oferecida a Deus e aos irmãos, entrega de dons e talentos em prol da comunidade. Queremos acolher Deus em nosso regaço, na nossa alma, na nossa existência, na nossa mente, no nosso coração. Queremos ser sol e luz, alegria e esperança, manhã clara e boa notícia para todos os homens, salvos pelo ressuscitado.
Senhora da Páscoa, Mãe do caminho, Senhora das Dores, Mãe da Alegria, Senhora da Luz, Rainha da Paz, Senhora do Pentecostes, a todos dá luz, fé, coragem, ânimo, entusiasmo, amor.
Dá-nos a todos uma Santa e Feliz Páscoa, carregada com a alegre notícia do túmulo vazio, inundada de júbilo, animada com a música do “Aleluia”, iluminada pelo sol radioso do “terceiro dia”.
Cón. José Paulo Leite de Abreu
Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro
Do Calvário ao Pentecostes: entre a dor e o júbilo!
Mãe da Páscoa, Senhora do Caminho, luz resplandecente sobre as trevas do mundo, quero hoje contemplar-te no seio deste mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Começo por ver-te no caminho para o Calvário. És contraste: substituis as vergastadas dos algozes pelo teu olhar de ternura; trocas a ironia, pelo teu bondoso rosto; em vez das invetivas da multidão, dás a teu filho o ósculo da solidariedade cúmplice; em lugar da coroa de espinhos, adoras o verdadeiro rei do mundo; em vez de cuspidelas, mostras o teu coração maternal; nos antípodas das condenações, colocas a gratidão ao salvador do mundo.
Vejo-te, depois, ao pé da cruz: a tua dor na dor de Jesus; a tua entrega na entrega de Jesus; a tua vida na d’Ele; a vida d’Ele em ti; a vossa vida em nós, oferecida para nossa redenção; a nossa vida em vós. E aí, nessa hora suprema do ofertório, Jesus nada reserva para si – “Eis a tua Mãe; eis o teu filho”. E da cruz nos vem a certeza de que “temos Mãe”.
No momento seguinte, acolhes Jesus em teu regaço. E assim se forma um tripé: o primeiro perno chama-se acompanhamento na dor, companhia no sofrimento, verdadeira compaixão; o segundo perno chama-se oblação, dádiva total, amor até ao fim; agora, o terceiro perno chama-se acolhimento, Jesus nos braços, na vida, envolto em afeto, em gratidão, em amor.
Mas a presença da Mãe, nesta quadra pascal, ainda não termina aqui. Temos de rumar, por fim, ao Cenáculo. Os discípulos estão desanimados, descrentes, deprimidos, tristes, sem saber que fazer da vida. Mas a Mãe está lá, e anima, e conforta, e transmite fé, e reencaminha para o Filho, para a vida, para a esperança, para o anúncio da boa notícia: Ele está vivo. Ressuscitou! Tudo venceu, até a morte. E, então, força, coragem, alegria.
Diante dos desenhos esboçados, pedimos a graça da imitação. Queremos, como Maria, marcar presença na estrada dos que sofrem, ser ombro amigo e palavra de incentivo, caridade operativa, mão estendida e reparação de ofensas. Queremos ser generosidade restauradora, vida oferecida a Deus e aos irmãos, entrega de dons e talentos em prol da comunidade. Queremos acolher Deus em nosso regaço, na nossa alma, na nossa existência, na nossa mente, no nosso coração. Queremos ser sol e luz, alegria e esperança, manhã clara e boa notícia para todos os homens, salvos pelo ressuscitado.
Senhora da Páscoa, Mãe do caminho, Senhora das Dores, Mãe da Alegria, Senhora da Luz, Rainha da Paz, Senhora do Pentecostes, a todos dá luz, fé, coragem, ânimo, entusiasmo, amor.
Dá-nos a todos uma Santa e Feliz Páscoa, carregada com a alegre notícia do túmulo vazio, inundada de júbilo, animada com a música do “Aleluia”, iluminada pelo sol radioso do “terceiro dia”.
Cón. José Paulo Leite de Abreu
Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro
