O grande mistério da loucura de Deus por nós!

O grande mistério da loucura de Deus por nós!

Família que se preza, que se estima, que se ama, tenta reunir-se, aposta nisso, tem gosto nisso.

Normalmente escolhe-se, para essa reunião fraterna, a casa dos pais. E enfatiza-se o dia em que a disponibilidade de todos é maior – por norma, o domingo.

Ora, também quem é da família de Deus e dessa família gosta, certamente se esforça por comparecer ao encontro com os irmãos, tem gosto em marcar presença, não na casa de um deles (exígua para tanta gente), mas na casa do Pai comum, que se chama Igreja. O dia especial é esse, o Domingo que, por ser especial, até se chama assim: dia do Senhor, do nosso Deus, do nosso Pai do Céu.

Sentados à mesa, cumprimos o ancestral mandamento: “Fazei isto em memória de Mim”. E podemos degustar “dois pratos”: a Liturgia da Palavra, onde Deus nos fala, onde se nos revela e interpela; a Liturgia Eucarística, onde Deus se faz alimento, força para o nosso caminho, pão vivo descido do céu.

E há espaço para muito mais: para colocar no altar a semana finda e colher bênçãos para a que começa; para implorarmos as graças de que necessitamos e para erguemos a Deus os louvores que Ele merece (tantos os benefícios que quotidianamente nos concede, entre eles, esse dom maior que é a Eucaristia, para além da vida e do ar, dos sorrisos e do universo).

A Eucaristia é tudo isso: louvor, prece, ofertório – de Deus a nós, nosso a Deus, comunhão de Deus connosco, comunhão nossa com Deus e com os irmãos.

Um cristão sem Eucaristia não é um cristão, põe-se à margem da família, da Palavra, da partilha, do povo de Deus, da comunhão com todos os batizados. Fica sem alimento, sem Domingo, sem reunião de irmãos na casa comum.

E não basta a Eucaristia pela TV, como alguns alegam. É um “bem menor”, para acamados, para irmãos com mobilidade muito reduzida, para velhinhos. Mas não é o ideal. Pelo ecrã os outros não sentem o calor da nossa fé, não nos contemplam o rosto, não nos ouvem rezar e cantar. Pelo ecrã não recebemos a comunhão…

Pior ainda essa história de “sou cristão, mas não pratico”. A um mal junta-se outro. À ausência acresce a incoerência. É como se pudéssemos ter um jogador de futebol que não joga à bola, um bailarino que não dança, um cozinheiro que nem dos tachos se abeira. Ok: podemos enganar-nos a nós próprios ou podemos tentar cobrir com sobranceiras palavras grosseiras omissões. A chatice é que a Deus ninguém engana. Ele bem sabe quem de verdade O ama, quem a Ele se devota, quem Lhe dá a devida primazia, ou quem d’Ele se esquece, ou O relega para momentos de aflição, ou para episódios de “flash” e figuraça social.

Que grande riqueza é a Eucaristia: presença de Deus na história e na vida dos homens; manifestação plena do amor de Jesus; dom por excelência, do Pai, do Filho e do Espírito Santo; sacrifício onde Cristo se faz cordeiro por nós imolado; atualização do mistério pascal (da paixão, morte e ressurreição de Jesus); banquete terreno que nos faz pregustar o banquete celeste…

Eis o grande mistério da loucura de Deus por nós.

Ao celebrarmos neste ano o V Congresso Eucarístico Nacional, exatamente um século depois de o primeiro Congresso Eucarístico ter acontecido (também) em Braga, rogo à Mãe do Céu recuperemos todos o amor pela Eucaristia, o desejo de participarmos no banquete terrestre – prenúncio da bem-aventurança eterna no banquete celeste.

Que o primeiro sacrário da história – Nossa Senhora – nos faça perceber a imensa dignidade que Deus nos concede quando o recebemos na comunhão: tornamo-nos sacrários de Deus.

Ó dignidade incomparável.

Obrigado, meu Deus e Senhor!

 

Cón. José Paulo Leite de Abreu

Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro

 

 

 

O grande mistério da loucura de Deus por nós!

Família que se preza, que se estima, que se ama, tenta reunir-se, aposta nisso, tem gosto nisso.

Normalmente escolhe-se, para essa reunião fraterna, a casa dos pais. E enfatiza-se o dia em que a disponibilidade de todos é maior – por norma, o domingo.

Ora, também quem é da família de Deus e dessa família gosta, certamente se esforça por comparecer ao encontro com os irmãos, tem gosto em marcar presença, não na casa de um deles (exígua para tanta gente), mas na casa do Pai comum, que se chama Igreja. O dia especial é esse, o Domingo que, por ser especial, até se chama assim: dia do Senhor, do nosso Deus, do nosso Pai do Céu.

Sentados à mesa, cumprimos o ancestral mandamento: “Fazei isto em memória de Mim”. E podemos degustar “dois pratos”: a Liturgia da Palavra, onde Deus nos fala, onde se nos revela e interpela; a Liturgia Eucarística, onde Deus se faz alimento, força para o nosso caminho, pão vivo descido do céu.

E há espaço para muito mais: para colocar no altar a semana finda e colher bênçãos para a que começa; para implorarmos as graças de que necessitamos e para erguemos a Deus os louvores que Ele merece (tantos os benefícios que quotidianamente nos concede, entre eles, esse dom maior que é a Eucaristia, para além da vida e do ar, dos sorrisos e do universo).

A Eucaristia é tudo isso: louvor, prece, ofertório – de Deus a nós, nosso a Deus, comunhão de Deus connosco, comunhão nossa com Deus e com os irmãos.

Um cristão sem Eucaristia não é um cristão, põe-se à margem da família, da Palavra, da partilha, do povo de Deus, da comunhão com todos os batizados. Fica sem alimento, sem Domingo, sem reunião de irmãos na casa comum.

E não basta a Eucaristia pela TV, como alguns alegam. É um “bem menor”, para acamados, para irmãos com mobilidade muito reduzida, para velhinhos. Mas não é o ideal. Pelo ecrã os outros não sentem o calor da nossa fé, não nos contemplam o rosto, não nos ouvem rezar e cantar. Pelo ecrã não recebemos a comunhão…

Pior ainda essa história de “sou cristão, mas não pratico”. A um mal junta-se outro. À ausência acresce a incoerência. É como se pudéssemos ter um jogador de futebol que não joga à bola, um bailarino que não dança, um cozinheiro que nem dos tachos se abeira. Ok: podemos enganar-nos a nós próprios ou podemos tentar cobrir com sobranceiras palavras grosseiras omissões. A chatice é que a Deus ninguém engana. Ele bem sabe quem de verdade O ama, quem a Ele se devota, quem Lhe dá a devida primazia, ou quem d’Ele se esquece, ou O relega para momentos de aflição, ou para episódios de “flash” e figuraça social.

Que grande riqueza é a Eucaristia: presença de Deus na história e na vida dos homens; manifestação plena do amor de Jesus; dom por excelência, do Pai, do Filho e do Espírito Santo; sacrifício onde Cristo se faz cordeiro por nós imolado; atualização do mistério pascal (da paixão, morte e ressurreição de Jesus); banquete terreno que nos faz pregustar o banquete celeste…

Eis o grande mistério da loucura de Deus por nós.

Ao celebrarmos neste ano o V Congresso Eucarístico Nacional, exatamente um século depois de o primeiro Congresso Eucarístico ter acontecido (também) em Braga, rogo à Mãe do Céu recuperemos todos o amor pela Eucaristia, o desejo de participarmos no banquete terrestre – prenúncio da bem-aventurança eterna no banquete celeste.

Que o primeiro sacrário da história – Nossa Senhora – nos faça perceber a imensa dignidade que Deus nos concede quando o recebemos na comunhão: tornamo-nos sacrários de Deus.

Ó dignidade incomparável.

Obrigado, meu Deus e Senhor!

 

Cón. José Paulo Leite de Abreu

Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro

 

 

 

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