Só Deus sabe quanto pesa uma prece…
Rezar é entrar em comunhão com Deus e deixar que Ele entre em comunhão connosco. Rezar é colocar o coração em Deus, a vida em Deus, o mundo em Deus e permitir que Ele invada o nosso interior, a nossa casa, o nosso trabalho, o nosso mundo e o mundo inteiro.
A oração é o mais simples de todos os ritos.
Pode ser uma comunicação espontânea, de cada um com Deus; ou pode ser coletiva, obedecendo a um padrão determinado. Pode ser apenas pensada, ou recitada, ou lida, cantada, dialogada…
Por vezes os sentimentos e palavras são acolitados por expressões corporais: podemos genufletir, ou inclinar a cabeça, ou curvar-nos para o solo, podemos unir as mãos… Enfim, em privado ou em público, o nosso corpo fala, o nosso corpo reza.
Algumas vezes, lembramo-nos de agradecer os benefícios recebidos, os dons que Deus nos concede e concede aos nossos e ao mundo; na maioria dos casos, rezamos para pedir…
O mês de outubro, apenas terminado, mês do rosário para a piedade popular, voltou-nos muito para Nossa Senhora. Que bom. Queremos que a Mãe nos abençoe e olhe pelo mundo, nos fortaleça e anime os abatidos, oriente as nossas escolhas e ilumine as decisões de quem governa, nos conceda a bonomia e troque, por paz, tanta guerra.
Agora, neste mês de novembro, rezamos pelos fiéis que partiram, por aqueles que rumaram à casa do Pai e precisam das nossas orações, para depressa mergulharem na comunhão com Deus e com a Mãe do Céu. Queremos vê-los na comunhão dos santos, com a igreja triunfante, com todos os que já gozam da companhia do Senhor. Que a Ele depressa acedam e, junto d’Ele, por nós rezem.
Valem muito as nossas preces. Não deixemos de rogar a Deus e à Mãe do Céu o que necessitamos. Saibamos suplicar, insistir na súplica, confiar em Deus e em Sua e nossa Mãe.
A isso nos ajude a seguinte estória:
“Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e pediu-lhe fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família, ela implorou: «Por favor, senhor, dar-lhe-ei o dinheiro assim que eu tiver…», ao que ele respondeu: «você não tem crédito, nem conta na loja».
Em pé, no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois aproximou-se do dono do armazém e disse-lhe para dar o que aquela mulher necessitava, por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
«Tem uma lista de mantimentos?»
«Sim, respondeu ela».
«Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos».
A pobre mulher hesitou por uns instantes e, com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e depositou-o suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança, com o papel, desceu, e permaneceu em baixo.
Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
«Não posso acreditar!»
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.
Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou a colocar mais e mais mantimentos, até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes, a olhar para a balança, tentando entender o que havia acontecido… finalmente, pegou no pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras, e sim uma oração que dizia: “Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou a deixar isto em Suas mãos…».
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher, no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse: «valeu cada cêntimo».
… Só mais tarde o comerciante pôde reparar que a balança estava avariada.
Entretanto, só Deus sabe quanto pesa uma prece…
Cón. José Paulo Leite de Abreu
Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro
Só Deus sabe quanto pesa uma prece…
Rezar é entrar em comunhão com Deus e deixar que Ele entre em comunhão connosco. Rezar é colocar o coração em Deus, a vida em Deus, o mundo em Deus e permitir que Ele invada o nosso interior, a nossa casa, o nosso trabalho, o nosso mundo e o mundo inteiro.
A oração é o mais simples de todos os ritos.
Pode ser uma comunicação espontânea, de cada um com Deus; ou pode ser coletiva, obedecendo a um padrão determinado. Pode ser apenas pensada, ou recitada, ou lida, cantada, dialogada…
Por vezes os sentimentos e palavras são acolitados por expressões corporais: podemos genufletir, ou inclinar a cabeça, ou curvar-nos para o solo, podemos unir as mãos… Enfim, em privado ou em público, o nosso corpo fala, o nosso corpo reza.
Algumas vezes, lembramo-nos de agradecer os benefícios recebidos, os dons que Deus nos concede e concede aos nossos e ao mundo; na maioria dos casos, rezamos para pedir…
O mês de outubro, apenas terminado, mês do rosário para a piedade popular, voltou-nos muito para Nossa Senhora. Que bom. Queremos que a Mãe nos abençoe e olhe pelo mundo, nos fortaleça e anime os abatidos, oriente as nossas escolhas e ilumine as decisões de quem governa, nos conceda a bonomia e troque, por paz, tanta guerra.
Agora, neste mês de novembro, rezamos pelos fiéis que partiram, por aqueles que rumaram à casa do Pai e precisam das nossas orações, para depressa mergulharem na comunhão com Deus e com a Mãe do Céu. Queremos vê-los na comunhão dos santos, com a igreja triunfante, com todos os que já gozam da companhia do Senhor. Que a Ele depressa acedam e, junto d’Ele, por nós rezem.
Valem muito as nossas preces. Não deixemos de rogar a Deus e à Mãe do Céu o que necessitamos. Saibamos suplicar, insistir na súplica, confiar em Deus e em Sua e nossa Mãe.
A isso nos ajude a seguinte estória:
“Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e pediu-lhe fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família, ela implorou: «Por favor, senhor, dar-lhe-ei o dinheiro assim que eu tiver…», ao que ele respondeu: «você não tem crédito, nem conta na loja».
Em pé, no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois aproximou-se do dono do armazém e disse-lhe para dar o que aquela mulher necessitava, por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
«Tem uma lista de mantimentos?»
«Sim, respondeu ela».
«Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos».
A pobre mulher hesitou por uns instantes e, com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e depositou-o suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança, com o papel, desceu, e permaneceu em baixo.
Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
«Não posso acreditar!»
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.
Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou a colocar mais e mais mantimentos, até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes, a olhar para a balança, tentando entender o que havia acontecido… finalmente, pegou no pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras, e sim uma oração que dizia: “Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou a deixar isto em Suas mãos…».
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher, no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse: «valeu cada cêntimo».
… Só mais tarde o comerciante pôde reparar que a balança estava avariada.
Entretanto, só Deus sabe quanto pesa uma prece…
Cón. José Paulo Leite de Abreu
Presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro